Bolsonaro

O deputado federal Jair Bolsonaro foi no Programa do Jô defender o fechamento do Congresso, a volta da ditadura e a pena de morte. De quebra, repetiu o que ele já andou dizendo em outras entrevistas: é a favor da tortura.

Disse que quando um traficante é preso ele tem que revelar seus fornecedores, mesmo que para isso seja necessário torturá-lo.

Eu sei que o Bolsonaro é uma caricatura ambulante, um estereótipo ridículo que se mantém com os votos da extrema direita brasileira saudosa do período ditatorial. Mas defender a tortura nas delegacias em um programa de televisão não é motivo suficiente para a cassação de seu mandato?

Olha só o que ele disse à Revista Istoé Gente: "Um traficante que age nas ruas contra nossos filhos tem que ser colocado no pau-de-arara imediatamente. Não tem direitos humanos nesse caso. É pau-de-arara, porrada. Para seqüestrador, a mesma coisa. O objetivo é fazer o cara abrir a boca. O cara tem que ser arrebentado para abrir o bico."

Falar esse tipo de bobagem não é quebra do decoro parlamentar, se é que isso existe de fato?

Pra finalizar: o capitão (da reserva) Bolsonaro prestou continência ao Jô Soares. Ridículo. E o pior é que foi uma continência fora do padrão, com os dedos abertos. Se tivesse ficado mais tempo no quartel, talvez ele soubesse que POLEGRAR TAMBÉM É DEDO, GUERREIRO! Vai aprender a prestar continência, seu mocorongo! Dá 10 voltas no Congresso Nacional correndo e gritanto "eu sou ridículo!"

E o pior é que foi aplaudida, essa besta. Mas tudo bem, aquela platéia burguesa e ignorante do Jô é mesmo uma piada.